Rede municipal

Pais pedem suspensão de aulas devido ao perigo de uma caixa d'água

Joyce Noronha


Fotos: Lucas Amorelli (Diário)
Diretora Nivia Paim (à dir.) espera que estrutura seja retirada ainda neste final se semana

O ano letivo da rede municipal está marcado para iniciar segunda-feira em 78 colégios de Santa Maria, mas, na Escola João da Maia Braga, no Passo das Tropas, Região Sul da cidade, se depender dos pais, o retorno dos alunos deve ser adiado. A integrante do Conselho de Pais e Mestres (CPM) do colégio, Carla Machado, 43 anos, diz que o grupo quer que a estrutura de madeira, que sustenta duas caixas d'água, de mil litros cada, no pátio da escola, seja removida antes do começo das aulas. A estrutura está comprometida e fica muito próxima a uma sala de aula, que é usada pelas crianças do maternal.

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Carla conta que os pais estão preocupados com a possibilidade de as madeiras se quebrarem e, com isso, que tudo venha abaixo em algum momento que os alunos estejam na escola. A diretora, Nivia Paim, 50 anos, diz que há cerca de quatro anos que a escola pede à prefeitura que alguma coisa seja feita. Ela conta que, no ano passado, a Defesa Civil interditou a área do pátio onde estão as caixas d'água, mas reforça que, pela proximidade com o prédio da escola, os pais não ficam tranquilos. 

Sobre a suspensão das aulas, a diretora diz que não gostaria de atrasar o início do ano letivo, mas que precisa pensar na segurança das crianças. Nivia conta que uma licitação estaria em aberto até as 13h de ontem para a escolha da empresa para fazer a retirada da atual estrutura e construir uma nova base, de concreto, para as caixas d'água. O resultado deve sair hoje, conforme a Superintendência de Comunicação.

- Vou esperar para ver o resultado dessa licitação. Segunda-feira, vamos acolher as crianças, e vou falar com os pais para marcarmos uma reunião, com o conselho escolar, para debatermos as possibilidades. Até lá, não sei se vamos manter as aulas e o que vai ser do ano letivo - explica a diretora.

LICITAÇÃO
A secretária municipal de Educação, Lúcia Madruga, conta que a licitação encerrada ontem foi a quarta dispensa que a prefeitura abriu em busca de uma empresa para o serviço na Escola João da Maia Braga. As duas primeiras foram abertas em 2016, e a terceira, em 2017, mas nenhuma empreiteira se apresentou. 

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A Superintendência de Comunicação diz que, até as 15h de ontem, um envelope foi entregue no prazo, o que equivale a uma empresa interessada.  

A licitação fechada ontem prevê o orçamento de R$ 6.672,94 para a construção da nova estrutura da caixa d'água da escola.

ALÉM DA ESTRUTURA, ÁGUA SERIA IMPRÓPRIA

O problema da caixa d'água da Escola João da Maia Braga vai além da questão estrutural da base, na avaliação de Carla Machado, 43 anos, que é mãe de Catarina, 6, estudante do 1º ano do Ensino Fundamental. Ela conta que as duas caixas são de amianto, um material que, desde novembro de 2017, é proibido por lei, pois pode trazer malefícios à saúde. A diretora, Nivia Paim, diz ainda que, há três anos, empresas e pessoas se recusam a limpar as caixas d'água, por dois motivos: 

- Ninguém quer se comprometer em fazer o serviço. Ou eles têm medo de subir, depois que veem a estrutura, ou se recusam a limpar, depois que veem as tampas das caixas, que não são originais e deixam espaços abertos.

Para garantir água limpa para os alunos e professores, a Secretaria de Educação, em parceria com a Secretaria de Obras, iria, na tarde de ontem, até a escola para fazer uma conexão direta dos encanamentos de forma que a água não passe mais pelas caixas. O serviço está previsto para ser executado ainda hoje.

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Na tarde de quarta-feira, quando a reportagem do Diário estava no local, um funcionário da Secretaria de Obras foi até o colégio, mas não tinha o material necessário para executar o serviço. A diretora, na ocasião, disse não estar esperando qualquer técnico e que também não tinha o material. 

Ontem, a secretária de Educação, Lúcia Madruga, disse que foi ela quem pediu que o encanador fosse até o local, mas percebe que houve falha de comunicação entre as partes para que o serviço pudesse ser realizado na quarta-feira.

ESTRUTURA
Além do desvio nos encanamentos, a titular de Educação explica que uma equipe técnica da Secretaria de Obras avaliou a estrutura que sustenta as caixas d'água e planeja fazer a retirada das madeiras o quanto antes. 

No final da tarde de ontem, a diretora da escola, Nivia Paim, informou ao Diário que a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos agendou para amanhã a retirada da estrutura da caixa d'água.

De acordo com a secretária, esse trabalho deve ser realizado sem custos para a escola.

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